sábado, 30 de julho de 2011

Serei o veleiro.

Serei o veleiro
que navega sob a orientação dos ventos.

Margarida Cândida Jorge
(15/7/2011)

Viajas dentro de ti

Fojes como uma criança
perdes-te.
Viajas dentro de ti
desarrumas-te
fechas-te.
E eu, amando...
protejo-te
afago-te os cabelos
amacio-te o corpo
Acordas...
sais da concha
E descobres a alegria de viver...

Margarida Cândida Jorge
(25/7/2011)

Sei que...

Sei que...
não preciso de estar longe
para te sentir por perto.
Devo estar em silêncio
quando sei o segredo.

Margarida Cândida Jorge
Vilamoura (17/7/2011)

Não consigo...

Não consigo...
Chegar às palavras
que sumidas na dor
e feitas em lágrimas
caem no mar
para histórias não contar...

Margarida Cândida Jorge
Vilamoura (17/7/2011)

Um dia...

Um dia...
se me pedires
deixar-te.
Finjo de mentira.
Verdade...
Só nos momentos eternos
isso é o importante
o essencial.

Margarida Cândida Jorge (25/7/2011)

Se houvesse...

Se houvesse medida
do que sinto por ti.
Nem o Oceano que
vejo todos os dias servia.

Margarida Cândida Jorge (19/7/2011)

Isto de criar...

Isto de criar...
é difícil.
Mas é a única forma
de curar as dores secretas
e de as abandonar.

Margarida Cândida Jorge (26/7/2011

Dei-me....

Dei-me ...
a ti por inteiro
de alma e corpo.
Sinto...
a dor da ausência
do silêncio
Mas hei-de
ficar em segredo
e sobreviverei...
Margarida Cândida Jorge (25/7/20011)

Reconhecer...

Devagar ouço a paz a mim chegar,
Sinto as mãos húmidas,
Ansiedade provocada pelo calor da verdade,
Dormente a minha mente cansada de imaginar,
Rendo-me finalmente e deixo de procurar,
Profundo, desconhecido,
Intenso o sentimento deste doce, amargo momento,
Só pretendo amar, esquecer-me de como odiar,
Dar inconscientemente o que falta faz a este mundo carente,
Minha a alma descrente que se prende libertar,
Alegria confundida que se mistura com o desalento,
Felicidade incompreendida,
Eu,
Singular segmento de uma corrente partida,
Enferrujada,
Percebo agora o significado da minha vida,
Sempre amparada pela pessoa amada…



Lúis MCF

sábado, 9 de julho de 2011

Pássaro encantado...

Amava a liberdade
mas, à noite,
desejava uma gaiola.
A menina amava-o
e fez-lhe uma sem grades.
Movido pela curiosidade
experimentou,
gostou,
e voltou várias vezes
até confiar na menina
até perder o medo
da noite.

Maria José Meireles

terça-feira, 5 de julho de 2011

Feiticeira de palavras

Pintura de Helena Abreu

Feiticeira de palavras.
O mundo abre-se?
Não! Isso não chega
O universo é teu!
Força e beleza tua
das tuas palavras
nascem eternos versos
e, tudo serve
sinto os poemas
tocam na minha essência
caem-me lágrimas
censuras-me.
Sinto-me feliz
Surgem borboletas
pérolas e rendas
ofereço safiras
porque me transfomas
no melhor que sonhei ser
Simplesmente porque te conheci...

Margarida Cândida Jorge

Apúlia, 2 jULHO DE 2011

Serei toupeira?

Pintura de Margarida Cândida Jorge

Vivo nas trevas
Serei toupeira?
Não! Sou guerreira e feitiçeira
tenho asas de condor
brilharei com todas as cores...

Margarida Cândida jorge (5/7/2011)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Num céu..

Num céu de um azul noite
desenhada por raios
gravam poemas
contam histórias
e nascem sonhos...
(3/7/2011)

Margarida Cândida jorge

Nas correntes do Mar...

Nas correntes do Mar
cai um raio
vindo de um céu azul profundo
para me sentir ligada a ti.
(3/7/2011)

Margarida Cândida Jorge

Segurança...

Sobre a ternura da areia
ficaram marcas delicadas
Ao som da música das ondas
vi um forte de rochedos
descobri segurança
pensei que a tinha perdido...
(3/7/2011)
Margarida Cândida jorge

Segredo...

Sensual a minha verdade,
Cativa na imaginação que me provoca,
Faço por ignorar a razão,
Impelido pelo desejo que me toca o coração,
Possuído estou pela tentação de ter,
De amar,
De poder chorar sem sofrer,
Faço por inventar ou descobrir uma saída,
Nesta corrida fracassada contra o tempo,
Simples o momento que tarda a chegar,
Que faz adiar o sabor único que me deste a provar,
Pura a ansiedade que me percorre as veias,
Perdido nas teias da realidade que sem ti abomino,
Esqueço-me que nada domino e tudo faço por fingir,
Que o destino posso corrigir, contrariar,
Só assim me dou conta do que estou a inventar,
Não me digas não,
Concede-me a solução,
Liberta-me da moral, do medo,
Expõe tu este meu segredo também,
Só assim poderei acordar talvez e ficar bem…


Luís MCFerreira

Mãe...

Mãe...
És grande
mas não podes estar
em todo o lado
o tempo todo.
Para não me faltares
ofereces-me
todos os teus bens
com todos os teus haveres
com todos os teus empregados
com a melhor
da tua boa vontade
e eu aceito.

Maria José Meireles
Sábado 2 julho de 2011